segunda-feira, 16 de maio de 2011

A Idade Média




A Idade Média é um assunto que muitos gostam e outros não a encaram de uma maneira bonita. Conhecida como a "Era das Trevas" é, um período que vai de 476 d.C., que é a queda do Império Romano do Ocidente e vai até 1453 que é o fim do Império Bizantino.
Alguns historiadores a qualificam como um período negativo da história, pois se trata de uma época onde a mobilidade social não existia e a intelectualidade era de uso exclusivo dos mosteiros. A Idade Média é dividida em dois períodos: A Alta e a Baixa Idade Média, veja a primeira abaixo.

Alta Idade Média

Império Franco

Falar que foram os francos são os responsáveis pelo começo das dinastias que iriam dominar a Europa não seria um exagero, atualmente os territórios do Império Franco são países como a França e a Alemanha por exemplo.
Mas não foram esses os principais motivos para que esse Império fosse o tal nessa época, uma grande organização de seus primeiros governantes e grande sabedoria de estratégia fizeram do Império Franco o melhor da Idade Média.
Não vou falar com muitos detalhes como eles se formaram, basta saber que tudo começa quando Clóvis unificou as tribos da Gália e assim, pode unifica-las de uma maneira que forma-se um Império, mas é ai que surge um elemento chave para se entender esse período, pois quando Clóvis funda a dinastia Merovíngia e se torna rei ele se converte a Igreja Católica, que formaliza uma aliança entre o Império e a Igreja, ou seja, o rei fica subordinado aos dogmas cristões e a Igreja em troca tem garantia de ter uma proteção caso os seus territórios fossem atacados.
Porém, com a morte de Clóvis o Império passa por uma crise causada pelo Feudalismo ( veja abaixo ) que causa uma ruralização e uma descentralização política. Os Reis que sucederam Clóvis foram conhecidos como indolentes, pois não tinham uma grande habilidade política. Mas quem mandava nessa época eram os prefeitos de palácio ou senhores do paço ou ainda de majordomus, o principal sem dúvida foi Carlos Martel que conseguiu deter o avanço árabe na Península Ibérica, conseguindo assim seu respeito perante os outros. Porém, morre e assume o seu filho Pepino, o Breve que consegue assim instaurar a dinastia carolíngia ( nome que vem de seu pai Carlos,que no latim se chama "Carol" que + íngia se torna Carolíngia ) e assim como Clóvis o primeiro rei Franco tem o apoio da igreja e dos nobres.
Mas o cara que fez do Império do Franco o melhor da Idade Média foi ele...

Carlos Magno. Filho de Pepino foi coroado pelo papa em 800 com a incumbência de defender a fé cristã e de propaga-lá pela Europa. Como o Império era um pouco grande, Carlos divide ele em vários Condados que seriam espécies de estados. Mas o que diferenciou Carlos de todos os Reis da Europa, foi sua preocupação com a educação e cultura, fazendo assim o Renascimento Carolíngio que promoveria uma renovação na educação, nas artes e de assuntos monetários, jurídicos e administrativos. Foi um dos primeiros a fundar escolas e um dos responsáveis pela continuidade da cultura greco-romana.
Após sua morte, quem assume seu lugar é o seu filho Luís, o Piedoso que não dura muito tempo e logo após sua morte o Império é dividido pelo Tratado de Verdum que dividiu o Império em três:
* Carlos, o Calvo ficou com o território que irá se torna a França:
* Lotário ficou com a região central;
* Luís, o Germânico ficou com a região da atual Alemanha.
Fato é que depois da divisão o Império ficou muito enfraquecido e isso ocasionou o seu fim de uma maneira muito ruim, pois não houve uma continuação de seus legados, mas deixou duas regiões que no futuro irão se degladiar na guerra franco-prussiana e na primeira e segunda guerra mundial que é a França e a Alemanha.

Feudalismo

Se você tem que saber uma coisa sobre a Idade Média essa coisa é o feudalismo. O feudalismo embora seja um sistema muito estranho de economia era muito útil para aquele momento, pois era uma união de interesses entre o nobre e o servo.
Na Idade Média não existia uma mobilidade social como na figura abaixo.

Essa falta de mobilidade foi essencial para o sucesso do feudalismo. Nesse período a Europa não tinha nenhuma forma de ter uma economia sem ser agrária, pois o Mediterrâneo estava sendo controlado pelos árabes, o que causou o crescimento de uma economia muito autossufuciente, ou seja, agrária. Nessa época era comum existir grandes invasões de povos vindos de outros lugares, o que ocasionou uma grande fortificação dos castelos e de suas regiões e como era a único lugar seguro para a população ocasionou seu refugio nesses lugares.
Mas o que tudo isso tem haver com o Feudalismo? Simples, o feudalismo é marcado por ter um contrato entre o senhor feudal e o vassalo, esse contrato era uma cerimônia chamada homenagem, dai a expressão homenagear. Esse contrato era marcado pelo trabalho servil onde o servo tinha que pagar impostos para viver no feudo, mas em troca ganharia proteção e o senhor feudal ganharia a certeza de ter os produtos agrícolas plantados.
O Feudalismo era um sistema político (devido a descentralização do poder ), nesse período como vimos no Império Franco o rei não tinha nenhum poder, o que ocasionou a distribuição de suas terras entre os nobres.
Veja abaixo um feudo.

O feudo tem fim definitivo quando têm ínicio as cruzadas, pois a partir dai começa o comércio e o capitalismo.

A Igreja

Nesse período a Igreja ganhou grande apoio da população pois na homenagem que o vassalo prestava ao senhor feudal, a população acreditava que o mesmo era a representação divina, mas esse não é o principal motivo do poder da Igreja na Idade Média.
Quando Clóvis assume um contrato com a Igreja de fidelidade, ele indiretamente coloca a religião como conselheira do Rei, pois por ser uma instituição divina de Deus, o homem deve respeita-lá e e lhe jurar obdiência.
Fato é que o Cristianismo foi crescendo tanto no Império Romano, que após o fim do mesmo acabou saindo fortalecido dessa fragmentação, ou seja, a Igreja acabou saindo no lucro pois sabia que poderia a partir de então propagar sua fé. Mas para isso precisava de apoio econômico e de proteção para não perder sua força, dai então o interesse pelos povos bárbaros que tinham crenças politeístas. Os clérigos tinham participação na cultura, política e administrativa de todos os Reis da Idade Média, onde seu pico de poder ocorre nas Cruzadas onde veremos depois.

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